segunda-feira, 9 de maio de 2011

Memória


Mãe é amparo.
Estaca fincada na terra
na chuva, molha
no sol, seca
com o vento balança.
Mas fica ali.
As vezes nem sabe
que apóia ilusões,
que gera sonhos
que aninha sossegos.
É ponto cardeal
início à revelia
corrimão
jacarandá de sobrado
sino de mesa
carrilhão tocando
conversas de antigamente.
É tristeza do que não foi
de perguntas esquecidas
É imagem desdobrável
guardada
entre pesares e canduras
no porta-retrato
da memória.

Claudia Corbisier
Poema publicado em "Os Olhos De Eduarda"
Editora Dublin, 2004

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